Deslizamentos de terra são um grave problema enfrentado por centenas de municípios brasileiros. A Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, anualmente sofre com a movimentação das encostas em diversos pontos e tragédias, como a que ocorreu em 2011 (vitimando cerca de 918 pessoas), são cada vez mais iminentes.

O problema ocorre muito pela ocupação desordenada destas áreas consideradas de risco. A retirada da cobertura original de vegetação, que é responsável pela consistência do solo, aliada aos altos índices pluviométricos, registrados principalmente no verão, são um convite às catástrofes que ameaçam a população que vive nestas regiões. Algo precisa ser feito com urgência.

Alguns fatores, listados em estudos geológicos, contribuem para a ocorrência dos deslizamentos. Citamos a seguir.

O que são deslizamentos de terra?

Os deslizamentos de terra são fenômenos de escorregamento de massas, como solo, rochas, vegetação e outros tipos de detritos que caem de encostas, serras, morros ou montanhas. Quando ocorrem em áreas urbanas, os deslizamentos de terra podem causar grandes acidentes e tragédias, como destruir de imóveis, ferir pessoas ou até causar mortes. 

Podem ser causados por fatores naturais, como chuvas intensas, ou por intervenção do ser humano, como desmatamento de encostas. São classificados de acordo com a superfície de ruptura, podendo ser translacionais e rotacionais. 

Os deslizamentos translacionais ocorrem em superfícies planas, enquanto os deslizamentos rotacionais são movimentos de massas mais complexos, quando o deslizamento de terra ocorre em curvas, parecendo com o formato de uma colher.

O que pode causar deslizamentos de terra?

Há diversos fatores que podem causar deslizamentos de terra, alguns deles naturais e outros antrópicos.

Entre os fatores naturais estão o tipo de solo, o tipo de relevo e a intensidade de chuvas. Solos pouco compactos permitem maior infiltração de água. O risco de deslizamentos aumenta quando essa massa de terra está sobre rochas impermeáveis. 

Em relação ao tipo de relevo, quanto mais inclinado, maior o risco de deslizamentos. Quando a inclinação está acima de 20º, o terreno já é considerado íngreme. Além disso, a intensidade das chuvas pode criar enxurradas que carregam o solo junto com a água, criando situações de perigo próximo às encostas.

Ao falarmos dos fatores causados pela ação humana, podemos destacar a remoção de vegetação das encostas, que tem papel fundamental na redução da erosão do solo; construções em locais irregulares sem estrutura adequada e o descarte indiscriminado de lixo.

6 fatores que contribuem para os deslizamentos de terra

  • Inclinação acentuada do terreno, que impulsiona a água da chuva, fornecendo um forte potencial de destruição;
  • Espessura do solo, pois solos mais rasos são naturalmente mais instáveis, além de absorverem menos água;
  • Desmatamento e ocupação de encostas, somadas às chuvas intensas;
  • Deslocamento de rochas ou sedimentos, os chamados movimentos de massa;
  • Construção de moradias frágeis em áreas de solo raso e inclinação acentuada;
  • Precariedade nos mecanismos de prevenção e na fiscalização de ocupações de áreas de risco.

Como evitar que novas catástrofes venham a ocorrer?

O mapeamento destas áreas de risco é o primeiro passo para prevenir a ocorrência de tragédias. Entretanto, boa parte destes locais já são bem conhecidos, principalmente pelas autoridades municipais e estaduais que monitoram mais de perto o problema. Em muitos casos, famílias estão sendo retiradas destas regiões, apesar de algumas resistirem à remoção.

A ocupação irregular é mais um problema social que urbanístico em nosso país. E quando falamos de deslizamentos, é muito difícil atribuir sua origem a apenas um fator causador. Em geral os eventos decorrem da ação ou reação combinada de vários fatores: naturais, antrópicos, de legislação e gestão pública, principalmente. Assim sendo, a educação ambiental deve ser priorizada em todos os níveis, envolvendo os legisladores, gestores públicos e a população em geral.

Enquanto isso não acontece, algumas medidas podem ser tomadas para prevenir ou reduzir os danos destas catástrofes.

  • Reflorestamento de áreas devastadas;
  • Reassentamento de famílias em áreas estáveis;
  • Estabelecimento de planos de contingência, a fim de se antecipar a problemas, avaliar ocorrências e controlar situações de emergências;
  • Instalação de sistemas de alertas.

No médio e longo prazo, a revisão do plano diretor e o estabelecimento de um rigoroso processo de licenciamento e fiscalização também são bem eficientes.

Estabilização de margens de rios e córregos também é fundamental

No caso da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro, por exemplo, a catástrofe de 2011 causou outros efeitos danosos à população. Com o alto volume de chuva e deslizamentos de terra nos municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, os rios que cortam as cidades receberam um volume assombroso de água e detritos, que atingiram outros municípios ao longo de seu curso.

São José do Vale do Rio Preto e Areal, por exemplo, foram afetados com a enxurrada, registrando dezenas de famílias desabrigadas.

O problema ligou o sinal de alerta das autoridades para outra questão fundamental: o assoreamento e a proteção de encostas de rios e córregos. Em Areal, por exemplo, um bairro inteiro ficou praticamente isolado devido ao deslizamento das encostas do Rio Piabanha.

A solução para este tipo de acidente passa pela instalação de contenção com muros de gabião, uma solução simples, prática e relativamente barata de estabilização. Além de ser um produto altamente impermeável não retendo a água e evitando o peso em cima da estrutura do muro, o gabião ainda permite o crescimento de vegetação por meio de suas frestas, ficando em harmonia com o meio ambiente e animais. As vantagens são enormes. Confira as principais características do gabião.

O que é um gabião?

Muro de gabião é um muro de gravidade constituído por elementos metálicos confeccionados com telas de malha hexagonal de dupla torção de arame galvanizado com galvanização pesada com 240gr/m2 de e também para áreas mais agressivas com o revestimento em PVC sendo os mesmos preenchidos por pedras.

O Gabião Guará Dupla Torção é fabricado com tela hexagonal de dupla torção em arame com galvanização pesada de 95% de zinco e 5% de alumínio, e também para áreas mais agressivas com o revestimento em PVC proporcionando qualidade, resistência e durabilidade.

Quais suas principais características?

  • Estrutura permeável, que facilita a drenagem do fluxo de água, aumentando a segurança da contenção;
  • Facilidade de execução, já que seu processo de construção reúne atividades bem simples;
  • Flexibilidade, pois o gabião se adapta muito bem às alterações do solo;
  • Integração com o ambiente, já que permite a proliferação da vegetação em suas frestas.

A contenção de encostas é um grave problema brasileiro que precisa ser colocado como prioridade na pauta de discussões das autoridades. É necessário um planejamento antecipado, com ações que previnam e não apenas lidem com as consequências das catástrofes.

Estamos em período chuvoso, mas ainda dá tempo para se preparar melhor para evitar que novas vidas sejam perdidas e novos danos irreversíveis sejam causados. Para isso, conte com a Telas Guará.