A importância que os enólogos dão ao cultivo de uva para a produção de vinhos finos não é à toa: um bom vinho surge com o cultivo de uma boa uva. 

Ao contrário da produção voltada para o consumo, produzindo as uvas de mesa, o cultivo de uva para o vinho possui diversos cuidados específicos. Neste tipo de cultivo, é preciso se preocupar com o clima e região certos para o plantio, com a aplicação de podas específicas e com a limpeza correta dos cachos. 

Para um cultivo de qualidade, é necessário saber selecionar o local ideal para a plantação, conhecer as técnicas de poda, e ter noção sobre quais equipamentos devem ser utilizados durante toda a safra. Afinal, a qualidade de um vinho depende diretamente da qualidade da uva.

Para descobrir as melhores dicas de enólogos e ter uma colheita apropriada para vinhos, continue lendo:

Seleção do local

A escolha de um bom local é fundamental para a viticultura de alta qualidade. Neste caso, o clima mais adequado para fazer as videiras crescerem e produzirem frutos de qualidade é a principal preocupação. 

Em regiões mais quentes, a velocidade de maturação de um fruto é maior, o que não é favorável para a produção de vinho. Isso porque o processo de maturação acontece graças ao trabalho das enzimas, que são estimuladas pelo calor e aumentam a velocidade de amadurecimento das uvas.

Porém, o melhor processo de maturação para a produção de vinhos é quando o fruto amadurece mais devagar, o que ajuda no acúmulo de polifenóis, açúcares e outras substâncias. Esse processo favorece o aumento da qualidade dos frutos e isso só é possível em locais com climas mais frios e em maiores altitudes.

Climas com oscilação de temperatura, com dias quentes e noites frias, são os mais indicados para a produção de videiras para vinho. Por outro lado, locais com muita chuva, ou formação constante de granizo, podem proporcionar grandes perdas na produção. 

O grande volume de chuvas pode ocasionar a colheita antecipada para evitar prejuízos, o que não garante a total qualidade dos frutos. E, para driblar os problemas causados pelo tempo, alguns produtores usam coberturas plásticas no local da plantação. Essa técnica é muito comum na produção de uvas para o consumo in natura, mas que também pode ser usada em uvas destinadas à produção de vinho.

O solo precisa ter uma boa drenagem, uma textura adequada e um pH equilibrado. Assim, as videiras possam crescer e se desenvolver corretamente.

Para saber mais sobre a escolha do local ideal para o cultivo de uva, veja esse material da Embrapa.

Estrutura para o cultivo de uva

As videiras precisam de uma estrutura para se fixar, já que são plantas do tipo trepadeira. Essas estruturas são formadas por estacas guias, fixadas ao chão, com arames esticados para fazer a condução da planta. Esse sistema também é conhecido como espaldeira.

Para os fios guias, indicamos o uso do Arame Guará Galvanizado, fabricado em aço carbono, trefilado e galvanizado a quente por imersão, oferecendo versatilidade, resistência e durabilidade.

A cobertura da região onde estão plantadas as uvas pode auxiliar na regulação da temperatura, criando um ambiente mais propício para o cultivo de uva. Também diminui as possibilidade de desenvolvimento de fungos que podem causar o apodrecimento dos cachos. Além disso, a cobertura também traz condições favoráveis ao crescimento das plantas e o aumento da sua produtividade. 

Essa cobertura pode ser feita com a Tela Guará Sombreamento, fabricada em polietileno de alta densidade e indicada no sombreamento de estufas agrícolas. A tela também impede o ataque das uvas por pássaros, morcegos e insetos.

Variedades

A seleção de variedades de uva para vinho é uma parte importante do processo de produção, pois a escolha das uvas afeta diretamente o sabor, aroma e cor do vinho final.

No geral, existem dois tipos de videira: as Vitis vinifera e as Vitis labrusca, ou uva americana. As Vitis vinifera são uvas de origem europeia, ideais para a produção de vinhos finos pois possuem mais açúcares e taninos. Esse tipo de uva é mais difícil de ser cultivado no Brasil, pois ela não lida muito bem com a umidade. Alguns exemplos de Vitis vinifera são: cabernet sauvignon, merlot, malbec e syrah. 

Enquanto que, as Vitis labruscas são mais voltadas para o consumo in natura ou para a produção de sucos e vinhos comuns. Essas uvas possuem um cultivo mais fácil e se adaptam melhor ao clima brasileiro. Algumas variedades desse tipo de uva são: izabel, niágara rosada e bordô.

Além do tipo de uva, os produtores de vinho levam em consideração várias características ao selecionar as variedades, como o seu tamanho e a cor, o teor de açúcar e acidez. As características aromáticas e gustativas também precisam de atenção. É importante escolher a variedade certa para o tipo de vinho que deseja produzir e para as condições do local onde será produzido.

Veja também: Como evitar javaporcos no seu plantio

Podas

A poda da videira precisa ser feita com muito cuidado para garantir a qualidade ideal para as uvas de vinho. Existem diversos tipos de podas que devem ser feitas durante o cultivo das uvas. Veja alguns exemplo abaixo:

Poda de inverno

Esta técnica é realizada no final do inverno, antes do início da brotação. Nesta pode, deve-se cortar os ramos mais velhos e deixar apenas os ramos mais novos que darão origem aos cachos de uva. Ela ajuda a manter a produção sob controle e a melhorar a qualidade das uvas.

Poda verde

Esta técnica é realizada durante o verão, quando a planta já está crescida. Consiste em cortar os ramos que não estão produzindo uvas ou que estão competindo com os ramos que produzem uvas. Isso ajuda a concentrar a energia da planta nos ramos que darão origem aos cachos de uva, resultando em uvas de melhor qualidade.

Poda de renovação

Esta técnica é usada quando a videira está envelhecida e já não produz uvas de boa qualidade. Deve-se cortar todos os ramos antigos e deixar apenas as partes mais novas da planta. Isso ajuda a estimular o crescimento de novos ramos que produzirão uvas de melhor qualidade.

Colheita

Assim como a poda, o método de colheita também pode afetar a qualidade do vinho. É preciso retirar os cachos com muito cuidado. Por esse motivo, a colheita manual é o melhor tipo de colheita, considerada mais delicada e controlada. 

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